Existem fortes evidências científicas de que a introdução precoce de açúcar na vida do bebê o condiciona para que aceite prioritariamente alimentos doces.
Esse hábito pode perpetuar um padrão comportamental que determina cárie dentária na infância e que possivelmente vai influenciar na ocorrência de cárie na dentição permanente.
Há evidências de que o consumo de açúcar no primeiro ano de vida influencia o estabelecimento de bactérias cariogênicas, aumentando o risco de cárie na infância.
A alta frequência na ingestão de açúcares, independente da idade, é fator que mantém um pH ácido na boca, determinando perda mineral constante.
A cárie dentária é o problema mais comum na infância e manifesta-se inicialmente com o surgimento de manchas brancas opacas. Se a lesão de mancha branca não for paralisada, pode dar origem às cavidades.
A doença ocorre pelo acúmulo de biofilme dental (placa bacteriana) que se adere aos dentes.
O controle com escovação eficaz e uso diário de fio dental pode prevenir o aparecimento de lesões de cárie e até mesmo a progressão das lesões já existentes.
A escovação infantil deve ser sempre supervisionada por um adulto, e a quantidade de pasta de dente deve ser muito pequena: igual à um grão de arroz.
Ao contrário do que muitos acreditam, pastas sem fluor não devem ser usadas.
O efeito da pasta de dentes com flúor está consagrado na literatura, e uma criança usando pasta sem flúor está sendo privada de seus benefícios.
Lembre-se sempre:
A partir do primeiro dente o uso de creme dental fluoretado (1100ppm) é essencial na prevenção da cárie!
(Texto original: Revista da APCD. 1o trimestre 2016)